quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Investimentos realizados no sector ferroviário


A máquina de propaganda socialista montou uma campanha para tentar convencer a opinião pública de que o PS era o grande, e único, defensor do investimento público.

No sector dos transportes, o maior cavalo de batalha socialista tem sido a alardeada publicidade aos megalómanos investimentos como o TGV e a construção do novo aeroporto, que só podia ser na OTA, porque a sul do Tejo “jamais”. E toda essa ânsia pelo urgente lançamento de grandes concursos de obras públicas, sem que seja sequer ponderada a gravíssima situação de endividamento do país, apesar dos repetidos alertas por diversas vozes com credibilidade e reconhecido conhecimento técnico, de fora e até de dentro do próprio PS.

Ora não há ninguém que more numa casa pequena, sombria ou húmida que não gostasse de ter uma maior, com bons acabamentos, soalheira, e se possível até com jardim. Como não há quem tenha um carro ruidoso, com avarias frequentes, que não deseje ter um moderno, silencioso e com toda a tecnologia mais recente. A questão não está na legitimidade que todos temos de aceder a coisas melhores, a questão está se temos ou não rendimentos para isso. Ou se para termos todos esses bens já, devemos endividarmos, irresponsavelmente, sem qualquer preocupação com a nossa real capacidade de cumprir os compromissos futuros de os pagar. Se devemos, ou não, hipotecar completamente o nosso futuro e o futuro das gerações vindouras, com dívidas tão elevadas que para as cumprir se tornará necessário deixar de satisfazer necessidades básicas como comer, vestir, cuidar da saúde ou da educação.

Por outro lado, no que se refere ao sector ferroviário a falácia em que assenta a pretensa paixão socialista pelo investimento público não podia ser maior. Com efeito, os próprios números das empresas públicas do sector indicam precisamente que os últimos quatros anos de governação do PS, com maioria absoluta, são precisamente o período de menor investimento ferroviário nos últimos dez anos. Veja só o seguinte gráfico:


Fonte: REFER - Relatório e Contas da de 2008 (publicado)

Por outro lado, para além da brutal quebra registada, o investimento realizado em infraestruturas ferroviárias pautou-se em geral pela persistência em erros do passado, ou por critérios de orientações sem coerência a que faltou uma visão sistémica integrada. Deste modo, podem claramente identificar-se um conjunto de erros capitais do investimento ferroviário, realizado e, mais popriamente, do que a gestão PS deixou por realizar nos quatro últimos anos, que iremos publicar sucessivamente.


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