O congelamento da electrificação
Como se pode constatar pelo gráfico junto, o plano de electrificação praticamente estagnou a partir de 2004. A ligeira evolução desde então registada limita-se à conclusão de pequenos projectos de ligação.
Fonte: REFER - Relatório e Contas da de 2008 (publicado)
Ora esta paralisação é absolutamente surpreendente. Quer pelo facto de se tratar de um investimento altamente rentável a prazo, pela via da redução do custo da energia eléctrica utilizada, quer pela menor dependência do instável preço dos combustíveis, como o gasóleo utilizado na tracção por motoras diesel, quer ainda por razões ambientais, uma vez que a electricidade é uma energia limpa de poluição ambiental. Tanto mais que crescentemente tende a ser produzida a partir das energias renováveis.
Não se compreende assim porque razões terá sido congelada a partir de 2004 a electrificação de mais linhas da rede. A não ser por razões de travagem do investimento público no caminho de ferro, ao contrário da inflamada proclamação dos discursos em todas as declarações públicas dos governantes.
Não se compreende assim porque razões terá sido congelada a partir de 2004 a electrificação de mais linhas da rede. A não ser por razões de travagem do investimento público no caminho de ferro, ao contrário da inflamada proclamação dos discursos em todas as declarações públicas dos governantes.
Atente-se que o congelamento da electrificação teve impacto decisivo no bloqueio às restantes vertentes do investimento em infra-estruturas ferroviárias, desde a modernização e beneficiação das linhas, sinalização e estações, até à renovação do próprio material circulante. Pois com a linha electrificada, só é possível obter rentabilidade do investimento com material circulante de tracção eléctrica.
Visto com objectividade, é hoje absolutamente inegável que, na sua expressão mais estruturante, toda a evolução do sistema ferroviário nos últimos quatro anos, ficou bloqueada pela decisão política centrada na paragem do elemento chave da electrificação.
Visto com objectividade, é hoje absolutamente inegável que, na sua expressão mais estruturante, toda a evolução do sistema ferroviário nos últimos quatro anos, ficou bloqueada pela decisão política centrada na paragem do elemento chave da electrificação.
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